Na manhã desta quinta-feira (25), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Vigilância Aproximada, que apura suposta espionagem ilegal contra cidadãos praticada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Investigação da PF sugere que uma organização criminosa se instalou no órgão com o objetivo "de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial". Entre os alvos desta operação, está o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que comandou a Abin no governo Jair Bolsonaro (PL).
Ao todo, estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em Brasília/DF (18), Juiz de Fora/MG (1), São João Del Rei/MG (1) e Rio de Janeiro/RJ (1). Segundo apuração da GloboNews, buscas estão sendo realizadas no gabinete de Ramagem e no apartamento funcional da Câmara hoje ocupado pelo deputado.
Também foram adotadas medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais, conforme informações divulgadas pelo órgão. A PF informou que a ação desta quinta é um complemento das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em 20 de outubro do ano passado.
Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos seguintes crimes:
- invasão de dispositivo informático alheio,
- organização criminosa
- interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.