Tromba d'água é registrada no rio Tapajós em Santarém

Chovia forte sobre a cidade e donos de pequenas embarcações que ficam ancoradas em frente à cidade precisaram fazer a retirada para áreas seguras rapidamente, devido à ventania.

Em junho deste ano, uma tromba d"água chamou a atenção de moradores e banhistas na vila balneária de Alter do Chão, distante 37km da zona urbana de Santarém. Naquela ocasião, o fenômeno também foi registrado em vídeos e fotografias que rapidamente se espelharam nas redes sociais.

As trombas d'água são comuns na região amazônica, mas dependendo da intensidade da pressão do ar e da temperatura durante a sua formação, podem causar grandes destruições. A recomendação da Capitania Fluvial e do Corpo de Bombeiros é não se aproximar da tromba d'água dentro do rio.

De acordo com o especialista em ciências atmosféricas, Prof. Dr. Roseilson do Vale, o fenômeno tem o mesmo princípio da formação de um tornado. A diferença básica é que se forma sobre a água, por isso é chamado de tromba d'água. Além disso, tem um poder de devastação bem menor.

O fenômeno ocorre em períodos de transição de temperatura. Na região, como a mudança não é brusca, a intensidade das trombas d"água é menor.

As trombas se formam com o aparecimento de uma nuvem de grande movimento vertical, chamada cumulonimbus, que tem cerca de 15 km de altura. Dentro da nuvem há água e gelo sólido, além de rajadas de ventos fortes.