Uma equipe de técnicos da Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e pesquisadores estão em Juruti, no oeste paraense, para realização da pesquisa de demanda turística e perfil do visitante na 30ª Edição do Festival das Tribos de Juruti, o Festribal. O evento ocorre entre os dias 31 de julho e 3 de agosto, marcando o duelo artístico das nações indígenas Muirapinima e Munduruku, no Centro Cultural de Juruti.
A pesquisa do Festribal é realizada em parceria com a Prefeitura de Juruti, através da Secretaria Municipal de Cultura, Desporto e Turismo de Juruti. A pesquisa iniciou, na terça-feira, dia 30 de julho e vai até o dia 3 de agosto de 2024
O Festribal é uma celebração da cultura e dos costumes indígenas e também representa a luta dos povos da floresta por valorização e respeito. Ao longo dessas três décadas, o Festribal movimenta o turismo na região, recebendo visitantes de todo Brasil. O festival reúne anualmente um público de aproximadamente 5 mil pessoas, segundo estimativas dos anos anteriores.
"Estamos trabalhando com uma equipe de 20 pesquisadores. Os pesquisadores estão entrevistando os turistas por meio de questionário de 24 perguntas para conhecer o perfil desse turista que se desloca para Jururi no período do Festribal.", explica o estatístico da Setur, Jorge Agra Barbosa.
Considerado uma das maiores manifestações culturais da Amazônia, o Festribal foi declarado Patrimônio Cultural do Pará pela Lei Estadual nº 7.112 em 2008. E desde 2011, o Festival é reconhecido como Patrimônio Cultural do Município de Juruti pela Lei Municipal nº 1.010.
De acordo com o secretário de Estado de Turismo, Eduardo Costa, "o Festribal é um importante instrumento de fomento ao turismo na região, de ampla participação popular, que incentiva a expressão artística e contribui para a difusão da cultura e para o desenvolvimento regional, contando com elementos indígenas, da fauna local e musicalidade própria. É hoje uma das maiores manifestações culturais do Pará, agregando criatividade, originalidade e autenticidade, além de valorizar a produção artesanal, o turismo, a cultura indígena, os artistas locais e regionais, dentre outros".
Para promover este Patrimônio Cultural do Pará, a Setur apoiou a exposição fotográfica itinerante do evento realizada pelo fotógrafo e artista Alexandre Baena, que abordou a identidade dos povos originários. "São 14 telas que viajaram o Brasil. São sete telas Muirapinima e sete Munduruku. Tudo em perfeito equilíbrio", afirma o fotógrafo.
A exposição teve início no Senado Federal, em Brasília (DF), em fevereiro deste ano. Depois disso, passou por Porto Alegre (RS), na região Sul; Vitória (ES), no Sudeste; Salvador (BA), no Nordeste, e Manaus (AM), Belém e, agora, finalmente chega a Juruti, no período da grande festa.
Fonte: Agência Pará