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Barco Regatão atraca em território indígena no Rio Arapiuns

A programação terá ações formativas, exibição de dois produtos audiovisuais e diálogo com a comunidade e agentes culturais.

Por Blog Marcos Cantuario em 10/05/2024 às 09:50:43
Foto: Lucas Clemente

Foto: Lucas Clemente

Um barco navegando pelos rios da região, levando cinema e promovendo formação cultural. Essa é uma das missões do Instituto Regatão Amazônia, integrar territórios e mapear os inúmeros fazedores de cultura presentes nessas comunidades. O projeto, contemplado nos editais de Fomento ao Audiovisual - Cinema de Rua ou Cinema Itinerante e Cineclubes e de Pontos e Pontões de Cultura da Lei Paulo Gustavo, desembarca nos dias 10 e 11 de maio na comunidade indígena Atodi, nas margens do Rio Arapiuns, em Santarém (PA). A programação inclui ações formativas e a exibição de produções audiovisuais de cineastas locais.

O termo "regatão" remete ao comércio fluvial, em que pequenas embarcações alcançavam as localidades mais distantes da Amazônia, estabelecendo um sistema de negócios baseado na troca de mercadorias, o escambo. Assim, o nome tanto se refere à embarcação quanto ao próprio comércio ou o comerciante.

"Hoje, ao invés desses produtos, a gente quer levar formação cultural. Diálogos, levar acesso às políticas públicas culturais, criar uma rede com todo mundo que tá botando a mão na massa e fazendo acontecer esse movimento cultural importante nas margens dos nossos rios", reforça Marlena Soares, Presidente do Instituto Regatão Amazônia.

Na primeira sessão itinerante, será exibida a série "Vídeo Cartas Tapajós-Arapiuns" (2021), projeto coordenado por Carolina Caffé e Pedro Jorge Alcântara que apresenta o imaginário, a arte e a cultura indígena, histórias mitológicas, memórias, cobertura de eventos e festas locais, denúncias contra injustiças sociais e ambientais. Os filmes foram produzidos e intercambiados entre jovens indígenas das etnias borari, arapiuns, kumaruara e munduruku, ao longo de oficinas de cinema nas aldeias da região Tapajós-Arapiuns e Planalto (Pará, Brasil).

A segunda produção é o documentário "Salve o Nosso Tapajós" (2023), dirigido por Zek Nascimento. O curta-metragem retrata o Festival dos Rios, criado em 2021 para celebrar a temporada das águas em Alter do Chão. Os idealizadores acreditam firmemente que fortalecer a cultura ribeirinha da Amazônia é fundamental para proteger nossos territórios que estão ameaçados. O filme apresenta nossa conexão com os rios e como o fazer cultural das comunidades ribeirinhas contribui para preservar nossa biodiversidade.


Programação:

Sexta-feira (10/05):

19h30 - Apresentação do Instituto Regatão Amazônia

20h - Exibição dos filmes:

  • Série "Vídeo Cartas Tapajós-Arapiuns" (2021): A Moreninha Fantasma (5') Aldeia São Miguel - Rio Arapiuns - A Moreninha Fantasma / O Kurumim Pretinho (3') O kurumin pretinho - Aldeia Vista Alegre Capixauã / Famárcia Tradicional das Mulheres indígenas Munduruku (4') Aldeia Açaizal - Semana dos Povos Indígenas - Farmácia Tradicional das Mulheres Indígenas Munduruku / O Artesanato e o Teçume de Palha (6"24")Aldeia São Miguel - Rio Arapiuns - O artesanato em teçume de palha


  • "Salve o Nosso Tapajós" (2023) SALVE O NOSSO TAPAJÓS - UM DOCUMENTÁRIO DO FESTIVAL DOS RIOS

20h40 - Diálogos sobre os filmes: comunidade, lideranças e agentes culturais do Rio Arapiuns

22h - Encerramento

Sábado (11/05):

Manhã: Capacitação com agentes culturais para elaboração de projetos;

Tarde: Produção de fotos e vídeos sobre os projetos das comunidades;


Serviço:

Cine Regatão Itinerante - Rio Arapiuns (Comunidade Indígena Atodi)

Data: 10 e 11 de maio de 2024

Local: Barracão da Comunidade

Horário: 19h

Entrada gratuita

Classificação indicativa: livre para todos os públicos


Sobre o Instituto Regatão Amazônia

Fundado em março de 2023, o Instituto Regatão é um ponto de cultura itinerante baseado em Alter do Chão que nasceu com a finalidade de promover transformações sociais através do fortalecimento da identidade cultural e a proteção territorial na Amazônia. Já realizou festivais de música e feiras de bioeconomia, agora se prepara para amplificar sua atuação com formação e fomento na rede de fazedores culturais ribeirinhos na região do Baixo Amazonas.

Fotos: Lucas Clemente

Texto: Assessoria de Imprensa

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