A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater-Pará) realizou o diagnóstico socioeconômico produtivo e uma Cartografia Social da Comunidade Quilombola Nazaré do Airi, em Monte Alegre. A ação foi movida pelo Escritório Local da Emater no município.
Foto: DivulgaçãoO principal objetivo do levantamento foi possibilitar um maior conhecimento da Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Ater) acerca da comunidade para posterior solicitação na regularização fundiária e na elaboração do Cadastro Ambiental Rural Coletivo de Povos e Comunidades Tradicionais (CAR/PCT) do quilombo junto ao governo estadual.
O levantamento buscou descrever a realidade socioeconômica da Comunidade que é composta por cerca de 50 famílias remanescentes de quilombos, organizada desde 2018, por meio da Associação dos Remanescentes do Quilombo Nazaré do Airi (Arqna). O total de 15 famílias moradoras da comunidade participaram da pesquisa.
"O levantamento deste diagnóstico foi solicitada pela associação da comunidade em 2023. Após conversa com pesquisadores e o setor de projetos da Emater colocamos no planejamento do escritório (Proater) para o ano de 2024, o pedido feito pela associação foi enquadrado no subprojeto da Emater "Apoio à Cidadania, Educação e Cultura", que visa contribuir com a cidadania, a educação e a cultura para melhoria de qualidade de vida dos beneficiários de Ater", contou o chefe local da Emater em Monte Alegre, Egnaldo Garcia.
Na ação foi utilizada a metodologia participante na qual, extensionistas da Emater e agricultores descobrem juntos as causas e as soluções dos problemas detectados, com o uso das técnicas e ferramentas do Diagnóstico Rural Participativo (DRP), com métodos e ferramentas de Ater preestabelecidas pela Empresa.
"O diagnóstico foi importante para a comunidade. Vimos aspectos relacionados a cultura, ao social, a saúde, a educação, entre outros. Foi um diagnóstico bem feito pela Emater. Hoje temos um histórico da Comunidade Quilombola Nazaré do Airi", disse o morador do quilombo e vice-presidente da Associação, Carlos Antônio Rocha da Silva.
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"Nós estávamos precisando muito deste documento, agora podemos solicitar a cartografia do quilombo e trabalhando juntos para conquistar o nosso Cadastro Ambiental Rural Coletivo de Povos e Comunidades Tradicionais, e assim acessarmos às políticas públicas, e para isso, a gente conta cada vez mais com essa parceria com a Emater, para o desenvolvimento do quilombo e consequentemente trazer a melhoria para os seus moradores", frisou.
Texto de Sarah Mendes / Ascom Emater