Em uma ação conjunta realizada na terça-feira (20), a Polícia Civil do Pará, deflagrou a operação "Falso Call Center", que teve como objetivo cumprir dois mandados de prisão preventiva e um de busca e apreensão domiciliar na cidade de São Paulo, em resposta a um esquema de estelionato por meio de fraude eletrônica. A ação foi realizada através da Divisão de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais Praticados por Meios Cibernéticos (DCCEP/DECCC), com apoio do Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil de São Paulo (Dope/SP).
Os alvos da operação são acusados de orquestrar um esquema criminoso que iniciava com o envio de mensagens falsas para telefones de potenciais vítimas, alertando sobre compras que supostamente teriam sido realizadas com seus cartões de crédito. Quando as vítimas entravam em contato com o número fornecido, eram atendidas por falsos operadores de call center, que induziam as vítimas a transferir valores para contas bancárias controladas pelos golpistas.
Investigações apontaram que, para facilitar a recepção dos valores obtidos de maneira fraudulenta, o casal de criminosos criava empresas fictícias para conseguir CNPJs válidos e abrir contas em instituições financeiras. Entre fevereiro e agosto de 2023, aproximadamente 14 CNPJs foram registrados e encerrados em um curto intervalo de tempo. Através de diligências e cruzamento de informações, as autoridades conseguiram localizar e prender os envolvidos.
"O homem detido já possui antecedentes criminais relacionados ao tráfico de drogas e ligação com facções criminosas. Esse caso ressalta a tendência de criminosos se voltarem para o estelionato eletrônico, atraídos pela percepção de baixo risco e retorno financeiro rápido", afirmou a delegada Vanessa Lee, titular da Diretoria Estadual de Combate à Crimes Cibernéticos.
Além das prisões, a operação resultou na solicitação de bloqueio dos valores financeiros obtidos pelos criminosos, como medida para reparar os prejuízos patrimoniais das vítimas.
"A operação 'Falso Call Center' demonstra grande empenho e integração das polícias civis do Pará e de São Paulo para identificar e capturar os envolvidos nesse esquema, além de assegurar à sociedade que iremos continuar combatendo os crimes patrimoniais e cibernéticos, não importa onde eles estejam sendo cometidos", ressaltou o delegado-geral Walter Resende. O casal preso está agora à disposição da Justiça.
Agência Pará