A exposição "Juruti - Festival das Tribos", do fotógrafo paraense Alexandre Baena será lançada oficialmente no dia 20 de fevereiro, às 14h, no Espaço Cultural Senador Ivandro Cunha Lima no Senado Federal, em Brasília(DF). Um momento especial para o fotógrafo, pois em 2024, ocorrem as comemorações pelos 200 anos do Senado Federal.
As fotografias selecionadas para a exposição, são uma imersão no festival das tribos. As lentes do fotógrafo capturaram a expressividade da cultura indígena nativa da cidade de Juruti, no oeste do Pará. O festribal é uma das maiores manifestações culturais do Pará.
"A imersão na festividade não foi apenas participar e fotografar um espetáculo. O festribal é a narrativa da história de um povo, dos povos originários no Pará, são os cantos, os mitos, as tradições, a essência de uma crença milenar que devemos ver e respeitar como nossa herança ancestral e cultural. Vamos levar ao Brasil, não apenas imagens, mas as nossas raízes, a paixão, o amor de um povo expresso em uma das mais ricas manifestações culturais do povo jurutiense, são 16 telas que representam as tribos Munduruku e Muirapinima em todo seu êxtase", frisou Baena.
Depois de Brasília, a exposição segue sua trajetória itinerante pelo Rio Grande do Sul (Porto Alegre), Espírito Santo (Vitória), Bahia (Salvador) Amazonas (Manaus) e Pará (Belém e Juruti).
Registro feito pelo fotógrafo Alexandre Baena no Festribal, em Juruti-PA — Foto: Divulgação
Para levar a exposição às cinco regiões do Brasil, Baena conta com patrocínio da Prefeitura de Juruti, Governo do Estado do Pará via Banpará, Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e Secretaria de Estado de Turismo do Pará (Setur), com realização MAB Comunicação.
O palco das apresentações é o Tribódromo, onde se apresentam as tribos Muirapinima (vermelho e azul) e Munduruku (vermelho e amarelo) na disputa pelo do título do Festribal.
A festa retrata a cultura indígena em forma de música, artes cênicas, alegorias e danças. O modo de vida do caboclo, os rituais indígenas, o pescador e o farinheiro são algumas das inspirações do festival.
Alexandre Baena fotografando o Festribal, em Juruti-PA — Foto: Divulgação
Entre mitos, ritos, tradições e temáticas atuais a disputa entre as tribos projeta o município para o turismo, potencializando o desenvolvimento social e econômico da cidade de Juruti, que hoje é destaque na área cultural pela grandiosidade do evento, comparado aos grandes festivais. Durante o mês de julho consegue nutrir a cadeia econômica, onde diversos atores tanto da economia formal e informal são contemplados, desde os artesãos, transporte, rede hoteleira, vendedores ambulantes, restaurantes e tantos outros envolvidos direta e indiretamente na construção e movimentação do evento.
A cidade de Juruti é um município localizado no oeste do Pará, cercada por rios, florestas e uma riquíssima biodiversidade com aproximadamente 60 mil habitantes. O Festribal se personifica em sua gente que traz um legado indígena ressaltando a importância dos povos originários impressos nos costumes, tradições e lendas, a festividade tem esse objetivo de resguardar as tradições indígenas para esta e as futuras gerações.
O fotógrafo é também publicitário, cineasta e documentarista, atuando no segmento cultural dentro do mercado nacional e internacional. Possui diversos trabalhos audiovisuais e fotográficos no Brasil, França, Itália, Inglaterra, Suíça e Portugal.
Alexandre realizou no ano de 2023, a itinerância nacional, Esmolação - Imagens da Marujada de Bragança pelo Brasil, tendo como tema "Marujas e Marujos", devotos de São Benedito da cidade de Bragança no Pará, a exposição percorreu seis espaços: Museu de Arte Sacra de São Paulo, Senado Federal - Espaço Cultural Senador Ivandro Cunha Lima, Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia, espaço "Arte, Design e CIA", Edifício D. Pedro I, na Universidade Federal do Paraná, o Museu de Arte Sacra de Belém e a Casa de Cultura de Bragança, no Pará.
Serviço:
Fonte: g1